quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PIRATINI GANHA MAIS UMA ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO RURAL

ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO RURAL LUTA E LIBERDADE

O Segundo Subdistrito,o maior e mais populoso do município,enfrenta sérios problemas de desenvolvimento social e econômico,a falta de empregos e de incentivos para as comunidades locais,quilambolas e assentamentos da reforma agrária atravancam o progresso na região.
O Subdistrito que já conta com algumas associações rurais,umas em atividade e outras paradas,agora ganha mais uma nova entidade.
No dia Vinte de Outubro de Dois Mil e Doze na residência do Sr. Jonas Bitencurtt,Passo do Lajeado no Segundo Subdistrito de Piratini-RS,reunia-se assentados da Reforma Agrária,moradores da localidade e de localidades vizinhas com o propósito de criarem uma associação.O encontro contou com a presença do Vereador eleito pelo PDT Sérgio Moacir de Castro e do Sr. Antônio Lobato Ortiz do Setor de Apoio às Associações Comunitárias e Entidades Religiosas.
Durante a reunião foi composta,por consenso,a primeira diretoria que exercerá o cargo por um ano e aprovado por unanimidade o estatuto da entidade.
Constituída por pequenos produtores das comunidades locais e dos assentamentos da Reforma Agrária tem como objetivo principal pleitear,juntos aos órgãos públicos,recursos estaduais e federais para os produtores rurais,assim como também,lutar por uma patrulha agrícola para atender os associados.
O presidente da Associação,Édson Peroba Cardoso espera atingir o número de 40 à 50 famílias para que possa consolidar uma associação forte,segundo ele “hoje não é mais possível viver no individualismo,sendo necessário investir em associativismo”. Para o Vereador eleito, Castro “a criação de mais uma associação,foi uma amostra,que precisamos trabalhar pela nossa comunidade e cumprir com nossas propostas”.
A DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO
Presidente:Édson Peroba Cardoso
Vice-Presidente:Vanderlei Lemes
1* Secretário:Vanessa Pacífico de Souza
2* Secretário:Paula Natali Cardoso
1* Tesoureiro:Mário Tadeu Marquês
2* Tesoureiro:Ivalino Rodrigues de Almeida
Conselho Fiscal Titulares:José Dario dos Santos,João Ilídio da Rocha Soares e Cristiane Pinto Lima.
Conselho Fiscal Suplentes:Jorge dos Santos Bairros e Valci da Silva Pires.

Em texto o professor  Mario Hamilton Villela,engenheiro agrônomo e Prof. Me. da PUC/RS define o associativismo.
"O associativismo, formal ou informal, proporcionará condições para que o agricultor cresça, passando a assimilar melhor as técnicas agrícolas e administrativas, participando e interferindo, positivamente, no processo de comercialização. A agricultura em grupo proporciona condições para obtenção de resultados na economia de escala, na participação e capacitação, na utilização de máquinas e equipamentos, na oferta de trabalho, na preservação do meio ambiente, na estabilidade e renda, assim como, na utilização dos escassos serviços públicos.

Essas medidas serão decisivas para fixar o pequeno proprietário rural na terra, evitando a fuga do homem do campo para a periferia dos grandes centros urbanos, reduzindo, também, o fantasma do êxodo rural, que agrava drasticamente o desemprego, estimulando a marginalização e a criminalidade.

Cabe aos órgãos institucionais gerar tecnologia assimilável ao nível da propriedade rural, tentando mostrar aos pequenos produtores o momento adequado de substituir, economicamente, de uma forma racional, uma tecnologia por outra, enfatizando, claramente, que a tecnologia só será viável quando for econômica. Estimular condições para a geração de tecnologias apropriadas à realidade da pequena propriedade rural, pelos financiamentos de projetos de pesquisa que atendam às verdadeiras necessidades da agricultura brasileira, não voltadas só para o interesse do capital industrial.

Então, deve ser reformulada a política voltada ao setor, para proporcionar o mínimo de estímulo que alcancem a totalidade desses agricultores, em vez de buscar soluções caras e complexas, muitas vezes inacessíveis à maioria deles.

Investir mais em escolhas no meio rural, no treinamento da população rural, melhorando, urgentemente, a qualidade da mão-de-obra familiar dessas pequenas propriedades. Só se conseguirá aumentar a renda da agricultura, da pequena propriedade com melhoria do nível cultural desta população.

Os pequenos produtores agrícolas brasileiros apoiados, orientados, educados e em regime associativista, deverão encontrar a saída para a equação de seus inúmeros problemas na medida em que se organizarem e tiverem a capacidade de defender seus próprios interesses.

Naturalmente, para essa reformulação, é imprescindível contar com o apoio e participação de todas as instituições e profissionais que, direta ou indiretamente, estão ligados ou relacionados com a agricultura. Destaca-se, neste contexto, o profissional de Ciências Agrárias, um dos principais formuladores e executores das políticas de desenvolvimento rural e de quem se pode esperar um importante aporte à solução dos problemas dos pequenos agricultores porque é o elemento que atua na investigação, extensão e demais serviços de apoio ao campo."


Rogerio de S. Lucas 

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