terça-feira, 24 de setembro de 2013

MOMENTO HISTÓRICO PARA ESTUDANTES DO RS.

Aprovado projeto do Governo do Estado que institui o passe livre.

Foi aprovado, por unanimidade, na noite desta terça-feira (17), o Projeto de Lei 197, do Governo do Estado, que institui o passe livre para todos os estudantes do Rio Grande do Sul. A proposta foi anunciada pelo governador Tarso Genro (PT) no dia 17 de julho como resposta imediata às demandas das reivindicações que tomaram conta do país. No dia 13 de agosto foi protocolado na Assembleia Legislativa o projeto da lei que agora garante subsídio para a passagem de ônibus intermunicipais a estudantes gaúchos com renda per capita de até R$ 1.017, o que corresponde a mais de 70% dos universitários gaúchos.
O projeto foi construído de forma conjunta com os movimentos sociais. Segundo o representante da União Nacional dos Estudantes (UNE-RS), Álvaro Lottermann, a aprovação representa um momento histórico para os jovens do RS. Cerca de R$ 16 milhões serão encaminhados às prefeituras.
Em seu pronunciamento na tribuna, a deputada Miriam Marroni (PT) ressaltou que o projeto realmente não é para todos, mas é para todos aqueles que precisam. “Todo estudantes com renda familiar per capita de até 1,5 salários mínimos vai receber subsídio, seja os que utilizam transporte fretado, seja através da prefeitura ou de cooperativa. Não podemos tratar a todos de forma igual se eles não são iguais. O dinheiro público é para quem precisa”, completou.
O barateamento no custo do transporte para os jovens aumenta as possibilidades de acesso à educação. Segundo Miriam, as famílias muitas vezes chegam a gastar até R$300 apenas com o transporte de um dos filhos, o que impossibilita que todos realizem o sonho de ter uma profissão e estudar. “Muitos pensam: por que vou fazer vestibular se não tenho condições de estudar fora? Essa lei proposta pelo governador e hoje aprovada na Assembleia dá um incentivo a mais, é mais uma condição para ir até a cidade que oferta o curso que ele sonha fazer. Lula triplicou as vagas nas universidades federais, faltava melhorar o transporte e agora isso começa a acontecer aqui no nosso Estado, que serve de exemplo para todo o país”, ressaltou.
Quem vai receber o benefício?
- São 428 mil estudantes universitários no Estado. Cerca de 120 mil estudam em instituições fora dos aglomerados urbanos. Destes, 89% estão concentrados em instituições com sede em sete cidades: Bagé, Erechim, Ijuí, Lajeado, Passo Fundo, Santa Cruz e Santa Maria. Todos que comprovarem o corte de renda terão direito ao benefício.

- Cerca de 40% dos estudantes universitários de fora dos aglomerados urbanos residem em municípios distintos da sede de suas universidades. Informações do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) indicam que os estudantes universitários se deslocam, majoritariamente, através de ônibus fretados. No primeiro semestre de 2013, por exemplo, foram transportados 31 mil em conduções fretadas, o que abrange 110 prefeituras municipais e 565 associações estudantis.

Assessoria de imprensa Dep mirian Marroni

SETEMBRO, E AS QUESTÕES CONTINUAM..

        Para que CPI?
A CPI dos motores foi instalada com o objetivo descobrir os motores, diferencias,
e outros componentes automotivos que iam ser leiloados como sucatas mas diante a estranheza a dos vereadores de oposição que solicitaram informações mas que segundo alegaram não foram corretas aconteceu o pedido da CPI para tentar esclarecer os contribuintes.
Qual é o objetivo da oposição com a CPI?
Quantos elementos vereadores representam a CPI?
Será que se os vereadores  da situação sendo a maioria a oposição terá seus questionamentos atendidos ?
Você que assina o ponto diariamente pode dizer que trabalhou vinte oito minutos fica brabo e vai embora?
E ético e transparente não todos aqueles que deviam depor como suspeitos?

         Semana Farroupilha
A semana farroupilha é sempre um sucesso de público e provavelmente de arrecadação
onde o povo passa o ano inteiro aguardando grandes espetáculos e o momento de cultuar a nossa tradição, peões e prenda desfilam  pela nossa gloriosa capital farrapa vindos de todas as querências.
Quanto foi arrecadado, ouve lucro prejuízo  aos cofres públicos ?

A lei da transparência nos da o direito de termos informações.

                                                                                                              Anarolino   Gonçalves Duarte.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

DIRETO AO PONTO SEM ENROLAÇÃO COM MARCOS ROGÉRIO.

SEMANA FARRAPA
A maior festa do estado sem a menor duvida esperamos um bom lucro para o município pois os comentários são de festa sempre lotada  e que no final seja feita uma prestação de contas ao povo com todos valores mas a gaita não pode parar boa festa a todos .

CPI DOS MOTORES
Vai dar pano pra manga  e agora tem a tal da ética mas pera ai não é falta de ética você ser o goleiro de um time que já declarou que não queria em campo pois é o que aconteceu com vereador Serginho se disse contra a CPI e foi o primeiro a pular na carroça e sentar na frente quando viu que não podia parar que feio mas o povo está cuidando e o rebenque é útil na mão de um gaúcho revoltado .

JUSTIÇA
Esta semana vi algumas noticias e declarações de um Dr. Advogado que soltaria num piscar de olhos o estuprador e matador de canguçu ai comecei a pensar ate que ponto vai o trabalho de um advogado e começa o trabalho do ser humano sou leigo não entendo de leis mas se o cara tivesse matado e estuprado a mãe e filha do nobre  Dr. ele continuaria a pensar assim ???

FATO TRISTE
É preocupante os abigeatos no interior de Piratini e se pararmos pra analisar não é um trabalho fácil pra policia, pois o município é muito grande e sabemos que vontade não falta a nobre brigada militar é preciso o povo denunciar sim mas cuidado parece que tão pegando ate quem faz um salame pra comer se não é verdade me desculpem mas vi manifestações fortes de pessoas do interior sobre estes casos pros ladroes cadeia e já.

RADIO COM
Nem preciso dizer o que lutei pela radio, pois ela veio pra mudar a realidade do município ate então só se conhecia um lado da historia aquele que queriam contar mas nunca imaginei que sofreste este tipo perseguição e vejo uma meia dúzia de abobados chamarem de radio do contra bom pra eles segue a minha tese ´´quem tem calos não gosta de sapatos´´

Obrigado  todos e até a próxima semana tem quem leia este espaço porque gosta do meu trabalho outros vão ler para me criticar mas faz parte assim segue a vida me queiram bem que não custa nada saudades dos amigos abraço a todos.

domingo, 15 de setembro de 2013

SEMANA "FARROUPILA". (Pila termo usado pelo Gaúcho para definir o dinheiro).



Não se espante, não se trata de um erro de digitação;o termo Farroupilha foi substituído propositalmente por “Farroupila”. O primeiro termo tem a seguinte definição no dicionário Michaelis : farroupilha m+f 1 maltrapilho, esfarrapado, farrapo. A: janota. 2 Hist. alcunha dada aos revolucionários do Rio Grande do Sul: farrapo. Já “Farroupila” não tem definição, mas cá entre nós, “encaixaria como uma luva” na atual situação que vivemos.
Pois bem, que hoje tudo gira em torno do dinheiro não é novidade para ninguém, porém um certo limite deveria ser considerado, na festa dos gaúchos, aquele que vive o dia-dia da lida campeira acaba por ficar no rancho, cevando o seu amargo pois, se antes setembro era o mês em que reencontrava os amigos, jogava conversa fora,ensaiava umas cantorias, fazia barulho com alguma gaita,pandeiro ou violão, tomava uns tragos com os parceiros e passava noite inteira cuidando respeitosamente a “chama crioula” como um tributo aos heróis farrapos(saudosos tempos do galpão de rondas ao lado do CTG) hoje , se não tiver uns “pila” na guaiaca não é qualificado para participar da festa, nem mesmo para ver seu filho participar das rondas estudantis.
É inquestionável que num grande evento, os gastos e os custos para realização são proporcionais, no entanto é no mínimo injusto que o verdadeiro significado da festa, as rondas tradicionalistas , entrem nos mesmos parâmetros.
Historicamente os farrapos lutaram por injustiças financeiras (o fato do preço do charque que todo mundo conhece, ou deveria) e hoje os festejos Farroupilhas em sua homenagem confunden-se com uma festa popular, pois fora o fato de os artistas evidenciarem  a cultura gaúcha, de resto em nada difere de outro evento qualquer,pois o verdadeiro palco do Rio Grande é aquele em que se encontra a chama crioula , rodeada de gaúchos que conhecem e vivem os costumes e a tradição gauchesca.
Por fim, resta a esperança que a verdadeira tradição não se transforme em um cifrão, que a história da Revolução Farroupilha seja passada de geração à geração sem distorções e que possamos vivenciar uma Semana Farroupilha onde, de fato, o gaúcho e a cultura sejam evidenciados. Por hora, uma boa Semana “Farroupila” a todos.

                                                                                   Leonir Farias
                                                       (Homem do Campo, e por amor Locutor de rádio)

Comentário:
 
A Semana Farroupilha em Piratini passou a ser uma festa artística, visando lucro e promoção pessoal de alguns que querem se manter no poder. Esquecem os aspectos culturais e históricos que são a base deste evento, desta forma o povo permanece desconhecendo suas raízes e história, tornando-se menos culto, e mais facilmente manipulável.
                                                                                                                                              Rita Hax

sábado, 14 de setembro de 2013

O POVO QUER SABER.

A pergunta que mais se ouve nos últimos dias é onde estão os motores?                        
No momento aguardamos pela CPI, um processo de investigação que será realizada pelos vereadores escolhidos com o objetivo de saber onde estão.
Mas vou continuar fazendo perguntas, porque ainda não encontrei resposta e talvez,
Muitos dos senhores também não.
Acredito que perguntar não ofende, diz um provérbio que quem pergunta o que  não sabe é bobo por um minuto, mas quem não sabe e não   pergunta  é bobo a vida inteira.
Nas rodas de conversa que ocorrem no bar na oficina na borracharia e barbearias, os vizinhos em todos os lugares onde se encontram um determinado número  de pessoas o assunto é esse as vezes em forma de perguntas.
Porque não apresentaram os motores antes da CPI?
Esses automóveis, caminhões e máquinas não teriam um valor maior com as peças?
 Os motores poderiam estar sendo usados em outro  veiculo? E legal?
A o conversar com as pessoas, isso não vai dar em nada, você esta vendo o que esta acontecendo com a turma do mensalão de repente réus condenados, podem ficar livre da cadeia, outros ainda usam um ditado popular cadeia nesse país e só para ladrão de galinha denúncias sempre houve, mas nunca deu em nada. Isso a gente ouve da sociedade
a maioria não acredita em punição para quem cometer irregularidades, pois a vários exemplos.  
Há impunidade no Brasil inteiro!
A verdade que todos nós devemos exercer nossa cidadania, e termos o direito de termos informações garantido pela lei da transparência, onde esta  o dinheiro público?  Como esta sendo aplicado? Pois pagamos uma carga muito alta de impostos.
                   Como agem alguns partidos políticos

Muitas vezes em nome da governabilidade, outras vezes para ter uma quantidade de cargos a disposição às vezes para estar no poder onde estão os princípios e a ideologia destes partidos? Tem alguma coisa ver com o outro partido? Eu fico pensando que na maioria das vezes os eleitores e companheiros de partidos que dão a procuração a esses candidatos que se elegem e  acham que estão acima do bem e  do mal devem se mostrar arrependidos, a um ditado que diz “Quer saber quem é um homem dê-lhe o poder.”
Hoje não estou filhado a nenhum partido politico, mas sonho um dia encontrar um partido que, respeite a sua ideologia que todos tenham liberdade dar opinião e se expressar, para mim lá na urna tem o mesmo valor o voto de um simples agricultor ou de um renomado Doutor.
                                                                                                                       Anarolino Gonçalves 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ARTIGO.



Desde a infância, durante meu período de formação, aprendi com meu pai a diferença entre o certo e o errado, que não podia mentir ou enganar, tinha que respeitar os mais velhos e principalmente que tinha que honrar a palavra, isto é, depois de dito, não tem volta. Meu pai homem de pouco estudo, mas muito caráter, mostrou com exemplos e palavras o que é ser um homem digno e verdadeiro. 
      Em minhas relações pessoais e profissionais sempre busquei me alicerçar nos ensinamentos dele, acreditando que desta forma estaria de acordo com os comportamentos sociais aceitáveis. Eu seria normal, dentro de uma sociedade normal.
       Hoje, eu e mais milhares de trabalhadores em educação estamos em greve, lutando por condições de trabalho, valorização e dignidade. Dentre as reivindicações que constam em nossa pauta de luta, a principal delas é o cumprimento da Lei do Piso Salarial, lei criada pelo atual governador Tarso Genro, quando Ministro da Educação.
       O governador Tarso Genro, tem dados suficientes para concluir que a lei é viável, tanto que a criou, e utilizou deste recurso na campanha política, ludibriando milhares de pessoas que o levaram a vitória. Agora, no poder, ele alega que a Lei é inviável, que o estado não tem dinheiro, e mesmo sendo uma lei federal aprovada e sancionada ele desrespeita e não a cumpre.
         Minha indignação é enorme, pois criada dentro de valores rígidos de honestidade me vejo entrando em mobilizações e greves para que uma lei seja cumprida... Ora, se é lei tem que ser cumprida!  Esta indignação me impulsiona a lutar cada vez mais, contra essa hipocrisia que vivemos. Sou militante na greve porque acredito que somente através de uma educação de qualidade poderemos transformar os homens, me orgulho de ser militante porque acredito que lutar também é educar. 
        As nossas ações de luta deixarão um novo legado para a próxima geração, resgatando valores simples de retidão, como honestidade, verdade e vergonha na cara, e quem sabe, daqui a alguns anos teremos governantes que respeitem as pessoas. Essa é a missão do educador, transformar as pessoas para transformar o mundo.
       Eu ainda tenho um desejo, gostaria muito que o governador Tarso Genro conversasse com meu pai... ele com certeza aprenderia o que é ser um homem de verdade!
                  

                                                                                     Rita Hax

                                                                       Professora do IEE Ponche Verde

terça-feira, 10 de setembro de 2013

MEDIDA LIMINAR, OBRIGA MUNICIPIO A PAGAR ALUGUEL SOCIAL A FAMÍLIA DE SEIS PESSOAS



O Município de Piratini deve cumprir com o pagamento de Aluguel Social a uma família em situação de vulnerabilidade, Francisco da Silva, 62 anos, contemplado em meados de 2012 com uma residência oriunda de Programas Habitacionais, segundo constatado poucos meses depois, com sérios problemas de infraestrutura e sem oferecer segurança para a moradia da família composta de seis pessoas. A família passou então A morar com a filha em uma casa de três cômodos, totalizando no local 10 pessoas entre adultos, idosos e crianças.
Esgotadas as tentativas de uma solução plausível ao caso, em  Julho do corrente Francisco da Silva procurou auxilio nos meios de comunicação, se utilizando do programa Bom Dia Comunidade da Rádio Comunitária do Município, Rádio Com Fm 87.9, de lá, foi encaminhado a buscar auxilio no Poder Judiciário.
Procurado o Advogado Juarez Machado de Farias, ingressou  com uma ação pleiteando o Aluguel Social, conforme prevê a Legislação Atual, obtendo êxito na ação.

Confira o despacho do Juiz da Comarca Local.
“As informações coletadas pela Assistência Social do Município demonstram, ao contrário da conclusão apresentada pelo referido órgão, que a renda familiar permite a concessão de benefício eventual na forma de aluguel social, conforme Lei Municipal nº 1009/2009. O requerente, em audiência (fl. 37), esclareceu que percebe por mês o valor líquido de R$ 494,00, pois teria efetuado empréstimo para pagamento de dívidas. Sua esposa não percebe R$ 300,00 por mês em razão dos serviços prestados ao Canil Municipal, mas sim R$ 10,00 por dia de trabalho, sendo que não há trabalho em todos os dias do mês. Além disso, a família recebe o bolsa família no valor de R$ 134,00. Assim, considerando-se que a esposa do requerente tenha trabalho em quinze dias do mês, lhe gerando uma renda de R$ 150,00, a renda total da família não ultrapassaria R$ 778,00. Referida Lei dispõe no art. 4º que ¿o critério de renda mensal per capta familiar para acesso aos benefícios eventuais é igual ou inferior a ½ salário mínimo. De acordo com o relatório de fl. 46, residem no imóvel o casal e quatro filhos, sem que o maior de idade, atualmente, não trabalha, significando, portanto, renda per capta de apenas R$ 129,00. Ainda que se considerasse que que a renda da família é de R$ 1.112,00, segundo apurou a Assistência Social (fl. 49), a renda per capta chegaria a apenas R$ 185,00. A Lei Municipal, no art. 15, descreve os benefícios eventuais como sendo ¿as ações emergenciais de caráter transitório em forma de pecúnia ou de bem material para reposição de perdas com finalidade de atender vítimas de calamidades e enfrentar contingências...¿. A situação de vulnerabilidade temporária caracteriza-se por riscos, perdas e danos, os quais podem decorrer da falta de domicílio (art. 16, parágrafo único, I, ¿c¿). Diante do exposto, concedo a liminar, determinando que o Município implemente em favor do autor e de sua família o benefício eventual denominado de ¿aluguel social¿, providenciando na locação de residência que possa acomodar todos os seis integrantes da família, até que a residência do autor seja reformada. Intimem-se.“

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

COMEÇAM OS TRABALHOS DA C P I DOS MOTORES.

"Próximos dias serão de oitivas, investigações e certezas do que aconteceu com os motores".

A primeira reunião dos Vereadores nomeados para compor Comissão Parlamentar de Inquérito, (C P I) que ira averiguar a suposta falta de componentes em automóveis e utilitários que chegaram a ser pedido, pelo Executivo Municipal,  fossem a leilão publico como sucata, assim desfazendo o Município dos bens dados como inservíveis.

Entenda como ira funcionara C P I: 
O Presidente: Vereador Gilson Gomes (PP), atual Líder do Governo; O que é um líder de Governo? O líder do governo é aquele que compõe a base aliada dando suporte à administração, tem contato direto com o gabinete do Executivo e no Legislativo, onde atua como parlamentar, defende os projetos enviados pelo Executivo, representa o Prefeito em todos os atos da Casa  é uma função de confiança do Prefeito; No Estado (do Governador) ou no País (do Presidente da Republica).

O Relator: Vereador Sergio Castro (PDT), no dia que foi pedida a C P I o Parlamentar se manifestou contrario a instauração da mesma, tem na atual administração o Vice-Prefeito Também do seu partido o PDT, Vitor Ivan concorreu e se elegeu junto com o atual Prefeito Vilso Gomes (PSDB), nas duas eleições que a coligação se saiu vencedora, sendo, PSDB e PDT os partidos de maior destaque nas duas eleições tendo ainda PTB, PP, DEM, PSB, e agora depois da ultima eleição o PT compondo a base aliada.

Marcial Lucas Guasttuci,  O Macega PMDB, vereador proponente da CPI, em conjunto com sua Bancada, este não ocupara nenhum cargo e segundo ele seu trabalho será o de investigar as possíveis irregularidades, “Como a base aliada tem dois dos três vereadores, com dois votos indicaram o Presidente e o Relator.” Comentou Macega.
Na reunião de hoje segunda feira (9), o presidente da Comissão Vereador Gilson Gomes, disse que ira requisitar ao Presidente da Câmara a contratação de um Jurista especialista em C P Is, sendo o Vereador e relator Sergio Castro favorável a contratação do profissional da área jurídica.
Já Macega discorda, segundo ele, “Contratar alguém de fora para exercer um trabalho que é de exclusiva competência dos Vereadores, claramente interfere no andamento dos trabalhos”. Especifica Macega que alfineta, “Se fosse  para ouvir um profissional da área que se ouça o que já é contratado da Casa Legislativa, trazer alguém de fora desperdiça dinheiro publico e põe em xeque a competência do atual procurador da Câmara”. E completa “Inclusive o atual profissional é indicado da Base Aliada.”

As reuniões de trabalho ocorrerão sempre às segundas feiras a partir das 15 horas e poderão ser acompanhadas pelo publico, com lotação máxima de pessoas sentadas no plenário da Câmara de Vereadores.

 .

O PADRÃO TÍPICO DE CORRUPÇÃO.

O padrão de corrupção típico de muitas cidades do Brasil.
 Em vez de procurar cumprir suas promessas eleitorais em benefício da população, os eleitos usam essas mesmas promessas para empregar amigos e parentes, para favorecer aqueles que colaboraram com suas campanhas ou para privilegiar alguns comerciantes “amigos” em detrimento de outros. Grande parte do orçamento do município é orientado em proveito do restrito grupo que assume o poder municipal e se beneficia dessa situação.
Uma estratégia utilizada habitualmente em desvios de recursos públicos se dá por meio de notas fiscais fictícias ou “frias”, que são aquelas nas quais os serviços declarados não são prestados ou os produtos discriminados não são entregues.
Tais fornecedoras ou prestadoras de serviço agem mediante acordo pré-estabelecido com o prefeito e/ou seus assessores. As empresas emitem notas fiscais e a prefeitura segue todos os trâmites administrativos de uma compra normal. Quando necessário uma licitação, monta todo o procedimento de forma a dirigir o certame para uma empresa “amiga”, dificultando ou impedindo a participação de outras. Depois, dá recibo de entrada da mercadoria, empenha a despesa, emite o cheque e faz o pagamento. Posteriormente, o montante é dividido entre o fornecedor e os membros da administração comprometidos com o esquema de corrupção.
Em geral, os recursos obtidos dessa maneira chegam ao prefeito e aos que participam do esquema na forma de dinheiro vivo, a fim de não se deixarem vestígios da falcatrua. Os corruptos evitam que tais recursos transitem pelas suas contas bancárias, pois seriam facilmente rastreados por meio de uma eventual quebra de sigilo bancário.
As quadrilhas que se formam para dilapidar o patrimônio público têm se especializado e vêm sofisticando seus estratagemas. O modo de proceder varia: apoderam-se de pequenas quantias de forma continuada ou então, quando o esquema de corrupção está consolidado, de quantias significativas sem nenhuma parcimônia.
Uma forma de fraudar a prefeitura é por meio de notas superfaturadas. Para serviço que foi realmente prestado e teria um determinado custo, registra-se na nota fiscal um valor maior. Nas licitações, o processo de superfaturamento se dá com cotações de preços dos produtos em valores muito superiores aos de mercado. Nos dois casos, a diferença entre o preço real o valor superfaturado é dividida entre os fraudadores.
Esses tipos de fraude requerem, invariavelmente, a conivência de funcionários da prefeitura - o responsável pelo almoxarifado deve sempre dar quitação do serviço realizado ou da mercadoria entregue e a área contábil tem de empenhar a despesa e pagar as notas, emitindo o cheque correspondente. Quando se trata de serviços técnicos, como por exemplo os de eletricidade, construção civil e hidráulica, a execução deve ser certificada por funcionários capacitados, normalmente um engenheiro ou técnico. Assim, quando há irregularidade, todos são coniventes, mesmo que por omissão. É praticamente impossível para o prefeito fraudar a prefeitura sozinho.
Existem quadrilhas especializadas em fraudar prefeituras com a participação do poder público municipal. Esses grupos e seus especialistas são formados localmente, ou trazidos de fora, já com experiência em gestão fraudulenta. O objetivo é implantar ou administrar procedimentos ilícitos, montar concorrências viciadas e acobertar ilegalidades.
Um sinal que pode indicar ato criminoso é o que acontece com o fornecimento de alimentos para a merenda das escolas em algumas regiões do país. Muitas vezes, os produtos que chegam não seguem nenhuma programação e muito menos qualquer lógica nutricional. Nem as merendeiras sabem, em alguns casos, o que será servido aos alunos. A escolha dos produtos que serão entregues às escolas é, na realidade, feita pelos fornecedores, e não pelos funcionários.

Sinais de irregularidades na administração municipal
Apesar de não determinarem necessariamente a presença de corrupção, a presença de alguns fatores deve estimular uma atenção especial. Entre eles estão:
  • histórico comprometedor da autoridade eleita e de seus auxiliares;
  • falta de transparência nos atos administrativos do governante;
  • ausência de controles administrativos e financeiros;
  • subserviência do Legislativo e dos Conselhos municipais;
  • baixo nível de capacitação técnica dos colaboradores e ausência de treinamento de funcionários públicos;
  • alheamento da comunidade quanto ao processo orçamentário.
Algumas atitudes tomadas pelas administrações e certos comportamentos das autoridades municipais se autodenunciam como fatores com muita chance de se relacionar à corrupção. Esses comportamentos são facilmente detectados, não demandando investigações mais profundas. Basta apenas uma observação mais atenta. A simples observação é um meio eficaz de detectar indícios típicos da existência de fraude na administração pública.

Sinais exteriores de riqueza
Sinais exteriores de riqueza são as evidências mais fáceis de serem percebidas e as que deixam mais claro que algo de errado ocorre na administração pública. São perceptíveis quando o grupo de amigos e parentes das autoridades municipais exibe bens caros, adquiridos de uma hora para a outra, como carros e imóveis. E também na ostentação por meio de gastos pessoais incompatíveis com suas rendas. Alguns passam a ter uma vida social intensa, freqüentando locais de lazer que antes não freqüentavam, como bares e restaurantes, onde realizam grandes despesas.
Os corruptos assumem feições diversas. Há o do tipo grosseiro e despudorado, que se compraz em fazer demonstrações ostensivas de poder e riqueza, exibindo publicamente acesso a recursos extravagantes. Geralmente, não se preocupa em ser discreto, pois necessita alardear o seu sucesso econômico e sua nova condição, mesmo quando os que estão à sua volta possam perceber que o dinheiro exibido não tem procedência legítima. Com esse tipo de corrupto, a apropriação de recursos públicos é associada a um desejo incontrolável de ascender socialmente e de exibir essa ascensão. Como não encontra maneiras de enriquecer honestamente, recorre a atos ilícitos.
Já o fraudador discreto tem formas de agir que tornam mais difícil a descoberta do ilícito. O dinheiro é subtraído aos poucos e em quantias pequenas, por meio de esquemas bem articulados com os fornecedores. O resultado dos golpes é aplicado longe do domicílio. Em geral, utilizando-se de “laranjas” (pessoas que, voluntária ou involuntariamente, emprestam suas identidades para encobrir os autores das fraudes), adquirem bens móveis ou semoventes: dólar, ouro, papéis do mercado de capitais, gado, commodities etc.
Entretanto, mesmo quando a corrupção é bem planejada, deixa vestígios.
Às vezes, os que se sentem traídos na partilha acabam por denunciar o esquema. Além disso, a necessidade de manter os atos ilegais ocultos torna difícil para o próprio corrupto, e até mesmo para os seus familiares, usufruírem da riqueza. Quando essa situação não gera um conflito entre os participantes da quadrilha, os comparsas acabam por ficar com a maior parte dos bens adquiridos.
Independente dos tipos de corrupção praticados, os cidadãos que desejem um governo eficiente e transparente devem ficar atentos aos seus sinais. Um administrador sério e bem intencionado escolhe como assessores pessoas representativas e que tenham boa reputação e capacidade administrativa. Deve-se desconfiar de grupos fechados que gravitam em torno do poder. A nomeação de parentes de autoridades (prefeito, secretários, vereadores etc.) é também indício de corrupção.

Resistência das autoridades a prestar contas
Corruptos opõem-se veementemente a qualquer forma de transparência. Evitam que a Câmara Municipal fiscalize os gastos da prefeitura e buscam comprometer os vereadores com esquemas fraudulentos. Ao mesmo tempo, não admitem que dados contábeis e outras informações da administração pública sejam entregues a organizações independentes e aos cidadãos, nem que estes tenham acesso ao que se passa no Executivo.
A Lei de Responsabilidade Fiscal impõe um princípio altamente salutar ao equilíbrio financeiro das prefeituras: não se pode gastar mais do que se arrecada. Também por defender a transparência absoluta das contas públicas, essa lei se tornou um entrave à corrupção. Mesmo assim, em governos em que se praticam atos ilegais na administração, existe uma grande resistência à liberação de informações sobre os gastos públicos.
Qualquer cidadão tem o direito de saber, e os políticos têm o dever de demonstrar, como o dinheiro público está sendo empregado. Para que isso se transforme em prática usual, é necessário que os municípios brasileiros aperfeiçoem suas leis orgânicas, para tornar mais transparentes as ações das administrações municipais. As organizações instituídas na cidade têm um papel fundamental nisso, pois, quando bem estruturadas e com enraizamento na sociedade, têm a capacidade de mobilizar as pessoas.

Falta crônica de verba para os serviços básicos
Os orçamentos das prefeituras são, normalmente, previstos para custear os serviços básicos da cidade, como manutenção e limpeza das ruas e praças, coleta de lixo e provimento de água e de esgoto. Também prevê verbas para os serviços sociais, educação, saúde e obras públicas.
A negligência em relação a esses serviços básicos, observada pelo aspecto de abandono que as cidades adquirem, pode ser um indício não só de incompetência administrativa, como de desvio de recursos públicos. Esses sinais ficam mais claros quando se constata que a prefeitura mantém um quadro de funcionários em número muito maior do que o necessário para a realização dos serviços.

Parentes e amigos aprovados em concursos
Eventualmente, concursos públicos podem ser abertos pelas autoridades recém-empossadas para pagar promessas de campanha e dar empregos para correligionários, amigos e parentes. Isso acontece mesmo quando a prefeitura se encontra em situação de déficit orçamentário e impedida de contratar funcionários por força da Lei de Responsabilidade Fiscal, que impede a administração pública de gastar mais do que arrecada e impõe à folha salarial um limite de 60% dos gastos totais.
Esses concursos públicos arranjados normalmente incluem provas com avaliações subjetivas, que permitem à banca examinadora habilitar os candidatos segundo os interesses das autoridades municipais. Uma das artimanhas é incluir uma “entrevista” classificatória, realizada com critérios que retiram a objetividade da escolha. Concursos com essas características têm sido anulados, quando examinados pelo Judiciário, pois há uma reiterada jurisprudência determinada pelos tribunais sobre o assunto, inclusive por parte do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Falta de publicidade dos pagamentos efetuados
Normalmente, a Lei Orgânica do Município obriga o prefeito a afixar diariamente na sede da prefeitura o movimento de caixa do dia anterior (o chamado boletim de caixa), no qual devem estar discriminados todos os pagamentos efetuados. A mesma lei exige também que, mensalmente, seja tornado público o balancete resumido com as receitas e despesas do município. A ausência desses procedimentos faz com que os cidadãos fiquem impedidos de acompanhar e verificar a movimentação financeira da municipalidade, e assim pode ser indicação de acobertamento de fatos ilícitos.

Comunicação por meio de códigos sobre transferências de verbas orçamentárias
Quando aprovado pela Câmara Municipal, o orçamento deve ser rigorosamente cumprido. As alterações posteriores devem ser novamente submetidas ao Legislativo local e tornadas públicas, para que as razões do remanejamento possam ser entendidas pelos cidadãos. Alguns prefeitos burlam essas determinações, publicando de forma ininteligível as transferências de verbas do orçamento. Por meio de códigos, procuram esconder quais contas estão sendo manipuladas e quais os elementos orçamentários remanejados. Esse esquema dificulta a fiscalização dos gastos públicos.

Perseguição a vereadores que pedem explicações sobre gastos públicos
Há, por outro lado, vereadores honestos e incorruptíveis que exercem seus mandatos com dignidade e responsabilidade. Esses, em geral, são marginalizados ou perseguidos pelo esquema de um prefeito corrupto, o qual se utiliza de qualquer motivo para dificultar a atuação desses vereadores, ou mesmo, para afastá-los da Câmara Municipal. No cumprimento de suas funções, os vereadores que se baseiam na ética encontram obstáculos ao seu desempenho, pois normalmente não são atendidos pelas autoridades municipais em seus pedidos de informações, principalmente os relacionados a despesas públicas.

Os bastidores das fraudes
A engenharia do desvio de recursos públicos cria instrumentos para dar à corrupção aspectos de legitimidade. Criaram-se métodos mais ou menos padronizados e utilizados com uma certa regularidade nas prefeituras dirigidas por administradores corruptos. No cotidiano da administração, mesmo um olhar externo mais atento pode ter dificuldade em perceber irregularidades contidas em coisas aparentemente banais, como o preenchimento de uma nota fiscal ou um pagamento em cheque da prefeitura.
No entanto, a investigação mais aprofundada pode revelar como funciona, nos bastidores, o esquema desonesto.

Licitações dirigidas
Um dos mecanismos mais comuns para se devolverem “favores” acertados durante a campanha eleitoral, bem como de canalizar recursos públicos para os bolsos dos cúmplices, é o direcionamento de licitações públicas. Devido ao valor relativamente baixo das licitações que se realizam nas prefeituras de porte pequeno, a modalidade mais comum de licitação é a carta-convite. O administrador mal-intencionado dirige essas licitações a fornecedores “amigos”, por meio da especificação de condições impeditivas da livre concorrência, incluindo exigências que os demais fornecedores em potencial não têm condições de atender.
Um indício da possibilidade de problemas em licitações é a constância de compras junto aos mesmos fornecedores, sem que haja um certo rodízio. Caso haja esse indício, vale uma investigação mais atenta. Sendo comprovado que está havendo direcionamento de compras a fornecedores privilegiados, o fato configura formação de quadrilha.
Outro mecanismo, às vezes empregado, é realizar compras junto a empresas de outras localidades, tornando mais difícil aos integrantes da comunidade avaliar a sua reputação e idoneidade.

Fraudes em licitações
Um dos sistemas utilizados para justificar a aquisição fraudulenta de materiais e serviços é a montagem de concorrências públicas fictícias. Mesmo que haja vício na escolha, ou seja, mesmo que o prefeito corrupto já saiba antes do processo qual firma vencerá a concorrência, é preciso dar ares legais à disputa. A simulação começa pela nomeação de uma comissão de licitação formada por funcionários envolvidos no esquema. Depois, a comissão monta o processo de licitação, no qual condições restritivas são definidas. Não raro, participam do certame empresas acertadas com o esquema, que apresentam propostas de antemão perdedoras, apenas para dar aparência de legitimidade ao processo.
Na investigação sobre possíveis embustes em licitações, uma importante pista pode estar nos termos empregados e mesmo nos caracteres gráficos das propostas entregues pelas empresas. Muitas prefeituras ainda se utilizam de formulários que precisam ser preenchidos a máquina. Um exame minucioso permite constatar se uma mesma máquina de datilografia foi usada no preenchimento de propostas apresentadas por diferentes participantes do processo. O exame estilístico dos textos, em busca de termos, frases e parágrafos que se repetem em diferentes propostas, também fornece indícios.
Se na lista de participantes de licitações aparecem os nomes de firmas idôneas ou conhecidas, é essencial que, por meio de um contato direto, se confirme a sua participação no processo. Isso porque alguns empresários se surpreenderam ao serem informados de que haviam tomado parte em concorrências sobre as quais não tinham conhecimento. Suas empresas foram incluídas pelos fraudadores, que, para isso, empregaram documentos falsificados. Essa operação de inserir empresas com boa reputação tem o objetivo de “branquear” o processo licitatório.

Falta de controle de estoque na prefeitura
Uma artimanha muito utilizada é simular desorganização para justificar ou encobrir desvios. Assim, os almoxarifados não registram entradas e saídas dos produtos adquiridos. Na mesma linha, faltam registros das requisições feitas pelos diversos setores e não há identificação dos responsáveis pelos pedidos. A falta de um controle rígido do estoque, de forma a impossibilitar a apuração do movimento de materiais de consumo nos depósitos das prefeituras, é traço de fraude.

Consumo de combustível, merenda escolar, cabos elétricos, tubulações etc.
A falta de qualidade da merenda escolar e o seu consumo desproporcional ao número de alunos, a utilização de cabos, tubulações e outros materiais de construção de forma incompatível com a dimensão e a propriedade de seu emprego, além de gastos com combustível em quantidade muito superior ao necessário à frota constituem práticas de desvio de recursos muito usuais em certas prefeituras.
No consumo de gasolina, diesel e álcool pela frota da prefeitura encontra-se uma das formas mais comuns de fraude contra os recursos públicos. Acontece, principalmente, quando não existe um controle de estoque ou quando o funcionário encarregado de monitorar as entradas e saídas faz parte do esquema de corrupção. Diante disso, só se justifica que uma prefeitura tenha seus próprios depósitos de combustível se os preços praticados nos postos de gasolina instalados na cidade forem exorbitantes ou se inexistirem locais para o abastecimento.
Outro artifício utilizado por algumas administrações corruptas para tentar justificar o alto consumo de combustível é manter veículos sucateados nos registros da prefeitura. Mesmo inadequados para o uso, são licenciados anualmente para que façam parte dos registros da municipalidade. Dessa forma se justifica o consumo de combustível acima das necessidades da frota real e se encobre o desvio. No caso de Ribeirão Bonito, o Tribunal de Contas do Estado computou os veículos “fantasmas” como ativos, para o cálculo médio de consumo por veículo.

Promoção de festas públicas para acobertar desvios de recursos
As festas públicas promovidas pela prefeitura merecem uma atenção especial, pois algumas empresas de eventos, pela própria natureza dos serviços que prestam, têm sido grandes fornecedoras de “notas frias”. Isso se deve ao fato de ser difícil checar a veracidade dos cachês dos artistas e da comissão que cabe aos agentes. Há ocasiões em que as notas desses eventos são superfaturadas e parte do dinheiro volta ao prefeito e à sua equipe.

Publicações oficiais
As publicações oficiais das prefeituras em periódicos locais ou regionais também podem ser instrumentos de fraude. O padrão de custeio de anúncios publicitários é o preço por centímetro de coluna.
A contratação de um veículo para publicação de anúncios oficiais precisa passar por licitação. Se esta é mal feita (muitas vezes intencionalmente), usa-se como critério exclusivamente o preço por centímetro de coluna, e não se faz menção ao volume total a ser licitado. Isso deixa aberta a possibilidade de se superdimensionarem os espaços ocupados pelo material publicado (layouts generosos, tipografia exageradamente grande etc.).
Existem ainda revistas especializadas em promover a publicidade de prefeitos e administrações municipais. Isso onera os cofres públicos e deve ser encarado no mínimo com desconfiança.
Conluio em ações judiciais
Todo órgão público é alvo de grande número de ações judiciais, e as prefeituras não são diferentes. Por vezes acontece de administradores inescrupulosos, em conluio com outros interesses, causarem deliberadamente motivo para ações na aparência justas. Depois, em conluio com os autores da ação, o prefeito e/ou seus auxiliares simulam ou formulam acordos contrários ao interesses público. O resultado é posteriormente partilhado entre os demandantes e os membros da administração municipal.

Declaração de renda do prefeito
Quando um prefeito tem a intenção premeditada da apropriar-se dos bens públicos, manipula sua declaração de renda antes mesmo de assumir o cargo. De modo a se preparar para receber valores originários de desvio de dinheiro público, a declaração inclui uma série de bens semoventes, como obras de arte, ouro e gado. Como alguns desses objetos podem ser valorizados artificialmente, têm a função de “esquentar” o dinheiro e de justificar um enriquecimento súbito.

Comprometimento de vereadores com o esquema de corrupção
Uma forma de prefeitos corruptos obterem apoio aos seus esquemas é buscando, de forma explícita ou sutilmente, o comprometimento dos vereadores com o desvio de dinheiro público.
O envolvimento pode dar-se de forma indireta, por meio de compras nos estabelecimentos comerciais do vereador, o qual por sua vez é ameaçado pela interrupção dessas aquisições e por isso, muitas vezes, faz vistas grossas aos atos do prefeito. Outras maneiras que o alcaide usa para ganhar a “simpatia” de vereadores é pelo oferecimento de uma “ajuda de custo”, pela nomeação parentes dos membros do legislativo municipal para cargos públicos e outras práticas de suborno e nepotismo.
Há, ainda, os casos em que os vereadores participam diretamente do esquema de corrupção, sendo recompensados por seu silêncio com uma importância mensal “doada” pelo prefeito. Não é de admirar, assim, que tais vereadores sejam contrários a qualquer tipo de investigação que se proponha contra o prefeito. Qualquer apoio desses vereadores a processos que apurem irregularidades na prefeitura (como criação de CPIs, processos de cassação etc.) traria como conseqüência a revelação do seu envolvimento.

Favorecimentos como contraprestação
Uma das formas indiretas de compensação pelo “serviço” de desvio de recursos públicos é o oferecimento de bens e serviços para os uso particular dos administradores corruptos por parte dos fornecedores beneficiados. Os “favores” consistem, muitas vezes, na cessão de veículos e imóveis em cidades turísticas para serem utilizados pelo prefeito e seus familiares, realização de obras em suas propriedades, além de presentes. Existem casos, ainda, em que comerciantes abastecem a residência do prefeito com produtos (como por exemplo alimentos) e incluem esse fornecimento indiretamente na conta da prefeitura.
Algumas medidas podem ser tomadas para se certificar de que está havendo esses tipos de favorecimento. No caso de veículos, pode-se obter os nomes dos seus verdadeiros proprietários fazendo uma consulta aos órgãos de trânsito, como o DETRAN. Para isso, é necessário apenas conhecer a placa do veículo. Nunca se esquecendo de que o registro de propriedade pode ter sido feito em nome de empresas dos fornecedores, de seus sócios, ou de “laranjas”.
Quando se trata de construções e reformas executadas em propriedades, uma prova cabal de irregularidades é a demonstração de que estão sendo realizados gastos incompatíveis com os vencimentos e subsídios dos ocupantes dos cargos públicos. Um registro fotográfico das obras pode ser importante para a análise das despesas realizadas.

Investigações, provas e confronto
Existem várias maneiras de dar início às investigações para a confirmação da existência de fraudes e a obtenção de provas. Só após iniciadas investigações é que se podem mover processos visando responsabilizar os fraudadores. A partir desse estágio, em que começa o confronto direto com os corruptos, é preciso mobilizar a população contra os denunciados, que apelarão para qualquer meio no sentido de deter os acusadores.

Perícia nos serviços prestados
Quando se desconfia que a prefeitura fez pagamentos superfaturados ou de notas fiscais “frias”, é necessário solicitar ao Ministério Público a instauração de inquérito civil público e a realização de perícias sobre os serviços prestados. Com base nos resultados, instaura-se uma ação civil pública, visando a punição dos responsáveis e o ressarcimento dos recursos desviados.
A perícia também pode examinar serviços prestados e materiais empregados em obras. Pode haver, por exemplo, notas fiscais de serviços que na realidade não foram prestados; os 350 quilos de cabo que o empreiteiro afirmou ter gasto em uma instalação podem ser, de fato, apenas 50 quilos. Irregularidades desse tipo também são suficientes para se pedir ao Ministério Público instauração de inquérito e de ação civil por improbidade administrativa.

Obtenção de provas
A obtenção de provas é fundamental para qualquer ação contra a corrupção. É difícil iniciar qualquer processo administrativo, judicial ou político na ausência de fatos comprobatórios. Quanto mais veementes os indícios, mais fácil a abertura dos processos. Para tanto, é necessário:
  • checar cuidadosamente as denúncias, verificando se não consistem em meras desavenças políticas sem fundamentos sólidos;
  • buscar informações nos órgãos públicos (Junta Comercial, Receita Federal, Receita Estadual);
  • identificar colaboradores - funcionários da administração municipal que não compactuam com os corruptos -, a fim de se obterem informações sobre fraudes administrativas;
  • analisar transferências e aplicações de recursos, como os provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). Para esse caso, por exemplo, há manuais e cartilhas com informações detalhadas, no próprio FUNDEF, órgão vinculado ao Ministério da Educação. Mais informações podem ser encontradas no endereço www.mec.gov.br/fundef.
  • documentar as provas, sempre que possível, com laudos, fotos e gravações.
Mobilização popular
Após anos de abusos e impunidade, muitas comunidades se tornaram indiferentes e alheias ao processo orçamentário e os cidadãos foram tomados de um grande ceticismo em relação à possibilidade de punição de políticos desonestos. Por isso, para que a sociedade se mobilize contra a corrupção, é preciso que as pessoas sejam estimuladas e provocadas. O começo pode ser muito difícil, pois as primeiras reações são de incredulidade. Depois, surgem sentimentos de resignação e medo, e só mais à frente os cidadãos se indignam e reagem à situação.
No processo de mobilização, é fundamental que a sociedade esteja constantemente informada sobre os acontecimentos. As notícias devem ser transmitidas pelos meios de comunicação disponíveis, como boletins informativos, jornais, programas de rádio e, se possível, pelas emissoras de televisão regionais e nacionais.
À medida que as fraudes vão sendo comprovadas, devem ser divulgadas para a população, pois essas informações desenvolvem um sentimento de repulsa ao comportamento das autoridades corruptas e, ao mesmo tempo, estimulam a continuidade das investigações. Os cidadãos devem ser convocados a freqüentar as sessões da Câmara Municipal e cobrar dos vereadores providências no sentido de interromper os atos ilícitos e de punir os culpados. É importante, também, estimular o debate organizado e promover audiências públicas de esclarecimento à sociedade.
No entanto, deve-se evitar, sempre, a divulgação de denúncias inconsistentes, pois isso pode desacreditar todo o processo.
Órgãos públicos competentes para investigar e apurar a corrupção no poder municipal devem, necessariamente, ser envolvidos. Da lista devem fazer parte o Ministério Público através do promotor público, o Tribunal de Contas do Estado (ou do município, quando existir), a Câmara Municipal e, eventualmente, a Polícia Federal, a Secretaria da Fazenda, o Ministério do Planejamento e as agências reguladoras dos setores envolvidos). Vale, ainda, pressionar os dirigentes dos partidos políticos,e os Conselhos Profissionais Regionais, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Conselho Regional de Medicina (CRM), o Conselho Regional de Contabilidade (CRC), entre outros.
É também essencial despertar o interesse do promotor público para as investigações, pois, sem o seu apoio, tudo se torna muito mais difícil. Em cidades em que haja comprometimento do promotor com a administração municipal, as investigações ficam prejudicadas e dificilmente avançam. Para reverter situações como essa, deve-se pedir a instauração de inquérito civil público, cujo arquivamento depende de manifestação do Conselho da Procuradoria Geral de Justiça do Estado.
A melhor maneira de motivar as autoridades judiciais no combate à corrupção é pela apresentação de fatos comprovados e consistentes. Quando a promotoria e o judiciário se mostram ativos na defesa do interesse público, o processo flui e atinge-se o objetivo pretendido. Uma investigação bem feita pode levar o promotor público a requerer o afastamento imediato do prefeito.

Declarações de inocência e reação dos denunciados
Mesmo confrontados com provas contundentes, os corruptos sempre negam o crime. Declaram inocência com muito cinismo e sem qualquer escrúpulo.
À medida que as denúncias vão se acumulando e as provas surgem, os administradores desonestos e seu grupo lançam mão de diversos métodos de reação, procurando impressionar a população e silenciar os denunciantes. Apelam para declarações teatrais e assumem o papel de vítimas de perseguição política. Também partem para o constrangimento, por meio de ameaças e mesmo pelo uso de violência física.

Alguns cuidados
Corruptos e fraudadores do erário público são pessoas sem qualquer escrúpulo, capazes de qualquer coisa, como forjar e destruir documentos e provas, subornar ou ameaçar testemunhas, intimidar os oponentes, atacar a integridade dos acusadores e até mesmo atear fogo na prefeitura, se julgarem necessário.
Deles pode esperar-se todo tipo de bandidagem. Não se deve baixar a guarda e nem recuar, pois é isso o que eles esperam.

  Fonte: http://www.transparencia.org.br/ocombateacorrupçãonasprefeiturasdobrasil