segunda-feira, 22 de outubro de 2012

- “E AÍ, ACABOU A POLÍTICA?”

                                                                                                                                                 ARTIGO

As recentes eleições para prefeito e vereador foram encerradas no Rio Grande do Sul, em 07 de outubro, com exceção de Pelotas que aguarda decisão para prefeito no segundo turno.
    Isso quer dizer que os 496 municípios gaúchos conhecem seus prefeitos e vereadores eleitos e/ou reeleitos para os próximos quatro anos.
    - Isso quer dizer que a “política” acabou?
    - Só porque terminou o horário eleitoral no rádio e na televisão, que as propagandas móveis sonoras cessaram, que as carreatas e foguetes acabaram, que não se distribui mais “santinhos”?...
    - Errado. A política continua. Somente a política eleitoral tem uma pausa até as próximas eleições de presidente da República Deputado Estadual, em 2014.
    Para muitos, infelizmente, “política” é só o que diz respeito a eleições, ao exercício do voto. Com isso, após votarem, abandonam sua participação como cidadãos. São, sim, meios cidadãos. Muitos esquecem em quem votaram. É difícil se esperar que tais eleitores saibam cobrar dos eleitos atitudes em prol da coletividade.
A administração pública existe para servir os administrados que somos nós, o povo. Assim, passada a eleição, o Prefeito com sua equipe de agentes políticos e os Vereadores devem observar os catorze princípios que regem a chamada “coisa pública”, dos quais os cinco primeiros estão no artigo 37 da Constituição Federal: legalidade, moralidade (ou probidade administrativa), impessoalidade, publicidade e eficiência.  
    Por isso, não esqueça: a política não termina nunca. Ela permeia todos os atos de nossa vida. Aconselho, a propósito,a leitura do poema “O Analfabeto Político” do Poeta alemão Bertold Brecht que fala, de forma contundente, sobre o mal de não se dar importância à política:
“O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe,
da farinha, do aluguel,
do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
 O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e estufa o peito
dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil
que, da sua ignorância política,
nasce a prostituta,
o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”
.........
    - Boa política a todos!

Por: Juarez Machado de Farias

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