quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

PIRATINI TEM 15 BENS TOMBADOS SEGUNDO IPHAE

"Saiba quais os bens tombados na Primeira Capital Farroupilha."
Piratini, como já se sabe é uma  Cidade rica em patrimônio histórico e arquitetônico, o que poucos sabem, é que só no Município 15 (quinze) bens foram tombados, esse dado é apresentado  pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), alguns deles, muito conhecidos da população como a Casa da Camarinha, já outros, apenas os que se interessam pelo assunto tem conhecimento, passando muitas vezes, despercebidos pelas pessoas, como a Casa Gomes de Freitas. Sempre com a intenção de esclarecer e tirar qualquer dúvida dos leitores, a Redação do Clicpiratini, decidiu divulgar alguns dados sobre todas as obras tombadas, como endereço, proprietário atual, e um pouco da história de cada uma delas.

Antiga Cadeia
Antiga Cadeia
Endereço: Comendador Freitas, esq. Trav. Tiradentes, nº12
Proprietário Atual: Jaime da Costa Gomes e outros
Observações: Prédio construído em alvenaria revestido com argamassa de cal e areia, com cobertura de telhas capa-e-canal e beiral, portas envidraçadas, janelas com caixilhos de guilhotina e escuros internos. O passeio na totalidade da Rua Tiradentes é elevado e a pavimentação é em pedras tipo pé de moleque. O prédio da cadeia nunca foi utilizado com o propósito pelo qual foi construído, sendo leiloado e arrematado por Jaime da Costa, que o adaptou para uso residencial.



Antiga Casa de Fazenda
Antiga Casa de Fazenda
Endereço: Gen. Daltro Filho, s/n - Esq. Beco da Cadeia
Proprietário Atual: Sucessão de Santa Teodora Motta
Observações: Esta antiga casa de  fazenda teria sido a residência do Brigadeiro Manoel Lucas de Lima, construída em 1821. Com características do período colonial luso-brasileiro, possui paredes estruturais de alvenaria, fachada lisa terminando em cimalha e cunhal liso, engrossado na parte inferior. Há cobertura com telhas de barro tipo capa-e-canal, terminando em beiral, portas de madeira tipo calha, janelas de guilhotina com folhas de segurança e  vergas em arco abatido. 



 Antiga Casa do Fabião
Antiga Casa do Fabião
Endereço: Com. Freitas defronte a Praça da República
Proprietário Atual: Associação Rural de Piratini
Observações: Antiga Casa do Fabião: Casa de alvenaria, construída por volta de 1903.  Ali funciona o Sindicato Rural de Piratini.
Prédio de esquina com terceira face (chanfro na fachada), possuindo paredes estruturais de alvenaria e platibanda vazada composta por pilaretes terminando em pináculos, com taças (ou compoteiras) nas extremidades e no meio. Na terceira face há um frontão curvo ladeado por dois coruchéus. Porta-janela envidraçada com bandeira de vidros coloridos e cercadura de massa lisa. Balcão com guarda-corpo de ferro e piso de mármore.

 Antiga Farmácia de Caridade
Antiga Farmácia de Caridade
Endereço: Bento Gonçalves - Esq. Comendador Freitas
Proprietário Atual: Prefeitura Municipal de Piratini
Observações: Antiga Farmácia Caridade: Prédio de alvenaria, construído em torno de 1831. Atualmente é a Secretaria Municipal de Agricultura. .
Casa com paredes estruturais de alvenaria terminando em cimalha. Telhado de quatro águas com cobertura de telhas capa-e-canal e beiral. Janelas envidraçadas com folhas de segurança e portas de madeira e vidro.


Antiga Moradia de Egydio Rosa 
Antiga Moradia de Egydio Rosa
Endereço: Maurício Cardoso, 89
Proprietário Atual: João de Deus da Cruz
Observações: Antiga moradia de Egydio Rosa: Prédio eclético de alvenaria com elementos neoclássicos, com área construída de 285,87 m² e respectivo terreno com área superficial de 688,80 m². Possui platibanda com balaústres e panos cheios, encimada por pináculos. O porão alto apresenta óculos e grades de ferro. A porta é de madeira tipo calha com duas folhas, possuindo verga em arco pleno com bandeira fixa e vidros coloridos. As janelas envidraçadas têm vidros coloridos e folha de segurança.



Antigo Teatro Municipal (7 de Abril)
Antigo Teatro Municipal
Endereço: Largo Pe. Reinaldo Wist - Esq.Com.Freitas
Proprietário Atual: Marlena Lopes Amaral
Observações: Antigo Teatro: Prédio de alvenaria com cobertura em três águas, com telhas capa-e-canal e beiral de beira-e-bica. Possui porta envidraçada com bandeira fixa, janelas de madeira com caixilhos de vidro, de guilhotina, vergas em arco abatido. Foi construída em torno de 1930, sendo que parte do prédio sediou o Theatro Sete de Abril. Posterirmente a edificação foi dividida em duas residências distintas.




Casa Comercial dos Fabião
Casa Comercial dos Fabião
Endereço: 20 de Setembro, 40
Proprietário Atual: Orly Maranini Frota
Observações: Casa com características coloniais, paredes estruturais de alvenaria com emboço e reboco liso. Cobertura do telhado com telhas capa-e-canal e beiral de beira-e-bica. Vãos com cercadura em massa e arco abatido. Esquadrias de madeira com almofadas na parte inferior, caixilhos envidraçados, bandeira fixa e postigo.
O Comendador Fabião foi um dos primeiros comerciantes de Piratini.



Casa da Camarinha
Casa da Camarinha
Endereço: Vinte de Setembro, 150/156
Proprietário Atual: Estado do Rio Grande do Sul e Romildo Barbosa de Oliveira
Observações: Prédio construído aproximadamente em 1789. O uso original foi residencial e o proprietário era Antônio José Vieira Guimarães. Segundo informações locais, foi o primeiro prédio edificado na povoação de Piratini. A camarinha, pequeno torreão engastado na cobertura, foi construída posteriormente, na primeira década do século XX.
Trata-se de uma edificação de alvenaria autoportante, com dois pavimentos e cobertura de telhas capa-e-canal, beiral e cimalha. Possui portas envidraçadas sem bandeira e porta-calha. Janelas de madeira com caixilhos de guilhotina e folhas de segurança. Vergas das portas e janelas em arco rebaixado, com exceção de uma janela e das portas-calha, que possuem vergas retas. É considerada um dos exemplares arquitetônicos de maior expressão que integra o Centro Histórico da Cidade de Piratinil, representando a arquitetura colonial portuguesa.
Atualmente a casa é dividida entre dois proprietários, sendo uma parte de uso residencial e a outra cedida pelo Estado para a prefeitura de Piratini, onde funciona a Secretaria Municipal de Cultura.  O imóvel foi parcialmente restaurado em 1993 e 94, através de convênio entre o IBPC (atual IPHAN) e o Estado do Rio Grande do Sul, com recursos federais. Foi feita consolidação estrutural, recuperação de telhado e rebocos, que estavam muito deteriorados. Atualmente está sendo feito o levantamento métrico-arquitetônico e a restauração dos rebocos.

Casa Gomes de Freitas
Casa Gomes de Freitas
Endereço: Bento Gonçalves, 59
Proprietário Atual: Ary Silveira Cruz / Noemi S. da Cruz
Observações: Residência de Gomes de Freitas: Construída por volta de 1836.Casa com características coloniais, possui telhado de quatro águas, cobertura com telhas capa-e-canal, beiral e cimalha. Paredes estruturais de alvenaria revestidas de emboço e reboco liso pintado. Porta de madeira tipo calha de duas folhas com bandeira fixa envidraçada. Janelas de guilhotina com caixilhos, sem bandeira, com verga reta.

Casa de Vicende Lucas de Oliveira

Casa de Vicente Lucas de Oliveira
Endereço: Bento Gonçalves, 170
Proprietário Atual: Zaíra Leopoldina da Silveira
Observações: A casa foi construída em 1830, com revestimento de azulejos provavelmente procedentes de Portugal. Nela habitou Vicente Lucas de Oliveira, uma das figuras ilustres mais destacadas de Piratini, tendo sido eleito vereador várias vezes a partir da criação do Município. Era presidente da Câmara Municipal de Piratini por ocasião da proclamação da República Riograndense, em 1835. Em 1842 foi eleito deputado da Assembléia Constituinte da República Riograndense.
Casa de dois pavimentos com paredes  estruturais de alvenaria. Pavimento térreo revestido de emboço e reboco lisos. Pavimento superior revestido de azulejos portugueses com cunhais nas extremidades. Telhado de quatro águas com cobertura de telhas capa-e-canal e beiral terminando em cimalha.

Casa do Comendador Fabião
Casa do Comendador Fabião
Endereço: 20 de setembro, 22
Proprietário Atual: João Luís Barbosa Cunha
Observações: Prédio de alvenaria com área construída de 179,85 m² em terreno com área superficial de 360 m². Com linguagem eclética, possui  porão alto e pavimento térreo. A fachada principal apresenta elementos das ordens clássicas, como pilastras caneladas com capitéis coríntios, com platibanda vazada; nas fachadas laterais o telhado possui beirais. Os vãos de verga reta tem cercaduras em massa e são encimados por ornamentos com motivos florais. As portas-janelas possuem bandeiras fixas e vidros coloridos, folhas de segurança e balcões com guarda-corpo de ferro.  

Casa do Logradouro Reinaldo Wist, N° 15
Casa do Logradouro Reinaldo Wist
Endereço: Reinaldo Wist, 15
Proprietário Atual: Nede Barbosa Rodrigues
Observações: Prédio geminado com o antigo teatro, originalmente sediava o Teatro Sete de Abril.
Casa de alvenaria com telhado de duas águas, coberto com telhas capa-e-canal, com beiral arrematado por cimalha de alvenaria de massa. 




Ponte do Império
Ponte do Império
Endereço: Divisa de Municípios Piratini / Pedro Osório
Proprietário Atual: Município de Piratini
Observações: A Ponte Imperial sobre o rio Piratini foi construída entre 1868 e 1870, no lugar conhecido como Passo do Acampamento. A localidade era utilizada para o transporte de tropas de gado, veículos e carretas, portanto acredita-se que a obra da ponte tenha tido a finalidade de facilitar esse transporte. O projeto concretizado no local era de responsabilidade do notório empreiteiro Hygino Corrêa Durão, responsável por outras obras de relevo no Estado como, por exemplo, a implantação das Companhias Hidráulicas Pelotense (concluída em 1878) e Rio-Grandense (fundada em 1879).
Após uma série de modificações na construção original, que acabaram por atrasar a conclusão da obra, foi em 21 de outubro de 1870 que Hygino Durão finalmente declarou a ponte como pronta ao Governo. A efetivação dessa obra representou o fim de uma sequência de propostas de estruturas para a travessia do Piratini durante o Segundo Reinado (1840 – 1889). Consta na documentação, inclusive, menções à proposta de uma ponte suspensa, atribuída por funcionários da província a Irineu Evangelista de Souza, o futuro Visconde de Mauá.
O processo de tombamento da ponte iniciou em fins de abril de 1983, por iniciativa da prefeitura de Piratini. Desde a década de 1970, a estrutura sofria danos propositais, cujas causas não foram totalmente esclarecidas. Depois que a ponte foi avariada, ocorreram tentativas para que Piratini doasse o material da construção para outros municípios, o que resultou na defesa da integridade do que restava da estrutura.
A Prefeitura de Piratini voltou-se para a Subsecretaria de Cultura do Estado por meio de ofício solicitando estudo para viabilização do tombamento da ponte, bem como de sua preservação. A argumentação utilizada para o tombamento da ponte remontava à justificativa de que os cidadãos piratinenses a consideravam um monumento histórico do município, sendo sua construção a mais importante reivindicação da cidade junto à presidência da província desde tempos anteriores à Guerra dos Farrapos. Além disso, a comunidade piratinense a apontava como um monumento da capacidade artística e de trabalho de seus antepassados. Em 1º de agosto de 1984, por meio da Portaria 09/84, a ponte foi tombada como patrimônio estadual. No dia 16 do mesmo mês, o tombamento foi publicado no Diário Oficial do Estado.
A Ponte do Império permaneceu funcional até princípios da década de 1970, quando uma nova ponte de concreto foi inaugurada na BR-293, a 60 metros da estrutura original. Atualmente, a estrutura está danificada, pois partes foram furtadas ou estão em ruínas. A estrutura da ponte do Império consiste em pilares de pedra regular aparente, de planta elíptica, e o vão livre é formado por estrutura pré-fabricada com perfis metálicos. Atualmente, o piso da ponte é asfaltado. Os guarda-corpos do vão central são vazados, constituídos de peças de alvenaria, sendo metálicos na extremidade ainda existente. A cabeceira da ponte é de alvenaria de pedras, com guarda-corpo rebocado e fechado. Ainda existe uma placa de mármore com dados sobre a construção da ponte e data de inauguração. Analisando imagens antigas e atuais, verifica-se que após o desabamento parcial da ponte restam três dos cinco pilares originais. 

Prédio da Rua Bento Gonçalves
Prédio da Rua Bento Gonçalves
Endereço: Bento Gonçalves - Esq. Travessa 20 de Setembro
Proprietário Atual: Darwing Lucas
Observações: Prédio da Rua Bento Gonçalves : Construído por volta de 1821, o prédio de alvenaria serve atualmente como residência particular.
Prédio com paredes estruturais de alvenaria rebocada terminando em cunhais. Cobertura com telhas de capa-e-canal com beiral e cimalha.


  


Sobrado da Dourada
Sobrado da Dourada
Endereço: Rua General Neto, 238
Proprietário Atual: Afonso de Jesus Gotuzzo
Observações: Sobrado da Dorada : Construído em 1830. Sobrado antigo com pilastras e frizo de azulejos portugueses. O prédio pertenceu ao Sr. Afonso Gasier, casado com D. Florinda Moreira, neta de Vicente Lucas de Oliveira. Nos fundos desse sobrado, num chapadão ficava a fábrica de pólvoras e foguetes dos irmãos Gotuzzo Ferreira Pinto de Souza. Atualmente é residência.  
Residência de dois pavimentos com paredes estruturais de alvenaria de tijolos, rebocadas interna e externamente. Cobertura com telhas de barro tipo capa-e-canal com beiral e cimalha.


As informações apresentadas nesta matéria foram basicamente pesquisadas no site oficial do IPHAE, quem se interessou e quiser saber mais das obras tombadas em sua Cidade é só acessar http://www.iphae.rs.gov.br/Main.php?do=paginaInicialAc&Clr=1

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