O
município de Piratini, no sul do Rio Grande do Sul, estará realizando vários
eventos da Raça Crioula neste final de semana. Entre as atrações estão a 9ª
Exposição Morfológica, 8ª Credenciadora de Inéditos, Paleteada Força A e Freio
Jovem.
A
supervisão será de Cláudio Azevedo, técnico credenciado pela Associação
Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Mais informações podem ser
obtidas pelos telefones (53) 32571325, (53) 99284948 ou pelo e-mail ncccpiratini@gmail.com.
História
da ABCCC
A
história da ABCCC teve início um pouco antes de sua fundação. Em 1931, alguns
fazendeiros e estancieiros do Rio Grande do Sul, empolgados com a ideia de
reerguer e padronizar o cavalo crioulo começaram a fomentar o objetivo de
constituir uma entidade dedicada exclusivamente a raça.
Foto de 1932 em Bagé (DR) |
O
ideal começou a ser bem aceito no Rio Grande do Sul, vindo a tomar forma em uma
tarde de verão do dia 28 de fevereiro de 1932, na Associação Rural da cidade de
Bagé, no Rio Grande do Sul. A cidade da campanha gaúcha teve primeira sede da
entidade, embora por pouco tempo. Logo após a fundação, a cidade de Pelotas/RS
foi escolhida para sediar a ABCCC. Isto ocorreu porque a Associação do Registro
Genealógico Sul Rio-Grandense situava-se também em Pelotas.
Assinaram
a ata de criação da instituição 22 homens de visão, que uniram suas forças para
começar a resgatar e difundir a raça Crioula. São sócio-fundadores da ABCCC os
senhores Belisário Sá Sarmento, Benjamim Constat Keller, Cypriano Munhoz Filho,
Guilherme Echenique Filho, Januário Dias da Costa, João Alfredo da Silva
Tavares, João Macedo Dornelles, João Magalhães Vieira, João Paes Vieira, José
Alves Vieira, Julio Paixão Cortes, Leonardo Brasil Collares, Leônidas de Assis
Brasil, Luiz Dias da Costa, Manoel Luiz Martins, Marcial Terra, Mário Sá Brito,
Octávio Adalberto Esteves, Oliverio de Vasconcellos, Paulo Annes Gonçalves,
Ptolomeu de Assis Brasil e Sebastião Dornelles.
Fundada
inicialmente como ACCC – Associação de Criadores de Cavalos Crioulos – a
instituição iniciou suas atividades nomeando uma comissão de criadores para
classificar os animais inscritos para inspeção. Os cavalos considerados
crioulos passavam a fazer parte do stud book da raça, dando assim início a
padronização e perpetuação dos cavalos crioulos brasileiros. No ano de 1935, a
ABCCC começou a tomar corpo. Em janeiro, o stud book crioulo foi cedido pela
Associação do Registro Genealógico Sul Rio-Grandense para a entidade,
tornando-a mais independente. Com isso, foi preciso alugar uma sede para
começar a registrar os animais inspecionados. O local escolhido ficava na rua
XV de novembro, 556 e era compartilhada com a Associação Rural de Pelotas.
Atualmente,
a Associação conta com uma lista de doze modalidades oficiais, regulamentadas
para os cavalos Crioulos: Campereada, Crioulaço, Enduro, Freio Jovem, Freio do
Proprietário, Freio de Ouro, Marcha de Resistência, Morfologia, Movimiento a La
Rienda, Paleteada, Paleteada Internacional e Rédeas.
Fonte:
Rogerio S. Lucas
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