"A
cultura é aquilo que permanece no homem quando ele já esqueceu todo o resto.”
(Émile
Henriot, escritor francês, 1889 — 1961)
............
- Por que, no
Brasil, as verbas governamentais destinadas às pastas de cultura e turismo
ainda são acanhadas em relação às outras áreas?
Certamente
porque nosso jovem país ainda não amadureceu o bastante para entender que esses
dois substantivos podem ser agregados a outras pastas como Saúde e Educação,
por exemplo, e, com isso, obter-se um produto importantíssimo de geração de
cidadania.
Um povo que
tem acesso fácil à boa literatura, pode experimentar outros horizontes e, com
isso, enxergar-se melhor no diversificado panorama mundial, medindo suas
potencialidades e deficiências, e, com isso, evoluindo para um ser pensante,
com autonomia para escrever suas ações sem a tutela de outro(s).
Eventos
culturais e turísticos, além de gerar renda para os cofres públicos, podem,
sim, impulsionar as pessoas a terem clareza de seus direitos e deveres na
sociedade. Não falo de “pessoas cultas” no sentido de nível de instrução mas de
mentes esclarecidas por informações que as levarão a práticas positivas:
prevenção a doenças, preservação do meio ambiente, etc.
Registro, a
propósito, meu elogio à Prefeitura de São Lourenço do Sul que, após sofrer um
imenso alagamento em 2011, mostra-se revigorada, com ciclovias, o retorno de
atividades já famosas como às típicas do verão e o Reponte da Canção, festival
de música nativista, no mês de março.
A propósito de
sua praia, o camping municipal mostra-se estruturado, com banheiros limpos, boa
iluminação e com presença efetiva da administração que distribui aos turistas
material informativo sobre prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, como
consumir alimentação saudável, além de
outros atrativos como o caminhão do SESI que oferece uma biblioteca à
população.
Enfim, cultura
e turismo não são políticas supérfluas, nem podem ser reduzidas na comparação
com outras pastas, como tanto acontece no Brasil, sob pena de continuarmos
alienados em nossas aldeias, sem interagir com outras culturas e a perder boas
oportunidades de crescermos como cidadãos do mundo.
JUAREZ MACHADO
DE FARIAS
Advogado. Radialista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário