“O erro da ética até o momento tem sido a crença de que só se deva
aplicá-la em relação aos homens.”
(Albert Schweitzer, músico,
filósofo e médico alemão, 1875 —1965)
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Luciano
Huck, no seu programa semanal, edição de 19 de janeiro de 2013, pela Rede Globo
de Televisão, repetiu reportagem veiculada em 21/01/2012, onde em ambas
matérias deu relevante destaque à causa animal, ao focar a atuação do Clube do
Vira-Lata, uma entidade que trata de cães abandonados, em São Paulo.
Antes
de tecer qualquer comentário, preciso considerar duas
situações. Escutopessoas dizendoque não toleram outras “pessoas” e que preferem
o convívio com cães e gatos. Escuto outras dizendo quesó “pessoas” têm
valor.
São,
enfim, dois polos: 1) na supervalorização dos seres humanos como proprietários
deste planeta; 2) na supervalorização dos animais não humanosem detrimento das
relações com os seres humanos.
Entendo,
humildemente, que devemos corrigir esses extremos para uma posição eclética que
inclui a ética para tudo e com todos, ou seja, uma conduta única em todos os
ângulos de nossa relação, afinal, nós, “racionais”, interagimos com seres
humanos, não humanos, seres inanimados, em um mosaico de diversidade. Isso
acontece desde que estamos no ventre materno. Não se está em uma bolha mas em
uma biosfera, lugar de interações -
raras, frequentes ou permanentes conforme os casos.
Devido
à concepção antropocêntrica – na qual o homem é o centroda natureza -,
tolerou-se ao longo da historia da humanidade incontáveis desumanidades com
outros seres tidos como irracionais e no exaurimento dos recursos naturais,
praticando-se guerras e genocídios.
No
entanto, estou convicto na evolução espiritual do Universo onde nosso
planetinha Terra é um minúsculo grão e neste, por sua vez, percebem-se ações
concretas em prol de uma tomada de consciência para um bem-estar coletivo e não
só para nós, seres humanos.Nas redes sociais pela internet, por exemplo, são
fartas e diárias as mensagens que buscam sensibilizar sobre os sofrimentos de
animais, de crianças, mulheres, idosos, etc.
É a compaixão
que se amplia não só para uma espécie (especismo) mas para qualquer mal estar
porque este acaba por dificultar a afinação da orquestra universal na qual
somos músicos, irrevogavelmente.
O bom de tudo
é que só pelo fato de QUERERMOS ser éticos com tudo e com todos, nossas
atitudes melhoram: passam a ser cuidadosas e carinhosas, evitando e corrigindo
práticas como jogar papel de bala nas ruas e abandonar cães e gatos.
JUAREZ MACHADO
DE FARIAS
Advogado.
Radialista.
Contato: juarez.piratini@yahoo.com.br
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