“Precariedade nas estradas
municipais de Piratini frustra empresário de Aceguá.”
O
Segundo é o Subdistrito mais extenso do município de Piratini/RS, seus campos são
formados por uma parte de planícies e outra montanhosa. Nele está o maior
número de assentamentos que produzem produtos da agricultura familiar e leite
em grande quantidade.
Atraídos
pela riqueza de seu solo, investidores de todo Estado têm apostado no plantio
de soja. As regiões onde as condições geográficas são desfavoráveis à
agricultura, também estão sendo alvos de empresários de outros municípios e até
de outros estados da federação.
Lugar
sossegado, próprio para a exploração da pecuária, a Serra das Asperezas foi escolhida
pela Libra Agropecuária, empresa do Estado de São Paulo que instalou uma filial
na antiga propriedade do Sr. Roni Souza na Estrada dos Borges. Outro empresário
de grande porte veio do município de Aceguá/RS, o grupo Forcini, renomado
plantador de soja e arroz na fronteira, escolheu os campos montanhosos da Serra
das Asperezas para investir na pecuária bovina.
A
cordialidade como são recebidos anima os investidores, porém a falta de
infraestrutura nas estradas da localidade vem tirando a paciência de quem
precisa delas para transportar os seus produtos. O progresso chegou, poucos
anos atrás circulavam apenas caminhões de pequeno porte, hoje com a presença de
novas empresas diariamente saem carretas, bi trens e romeus julietas das
propriedades rurais do Subdistrito.
Curvas
apertadas, sangas com pedras que dificultam a travessia de caminhões de grande
porte e topos com crateras e valas profundas são alguns dos problemas
enfrentados, mesmo com tempo seco, pelos transportadores.
Na
quinta-feira da semana passada (10/07) mais uma vez, seu Roque Forcini, teve
que passar por momentos de angústia ao ver sua carga trancada nas estreitas estradas
de Piratini. A dor de cabeça começou quando dois romeus julietas boiadeiros, da
transportadora Reiter Log de Bagé, partiram da Libra Agropecuária com destino à
Aceguá. Na conhecida Sanga do Arnaldo, Estrada dos Borges, o primeiro caminhão
ao tentar desviar uma pedra acabou caindo na sarjeta da estrada. Com o auxílio
do outro caminhão os motoristas lograram êxito e conseguiram dar continuidade à
viagem.
Logo
adiante, na subida próxima a propriedade do Sr. Darli Souza, um novo empecilho
surge. O veículo não consegue superar uma erosão que se formou sobre o leito da
estrada e acaba quase tombando a julieta. O motorista indignado reprovou as
condições da via: “— Isto aqui não é estrada para trafegar romeu julieta!”,
censurou.
A
preocupação no momento era com a integridade da carga, três animais já estavam
caídos dentro do caminhão. Mesmo com a estrada seca, o romeu julieta precisou
ser rebocado por dois tratores.
Roque
Forcini saiu encantado pela solidariedade prestada pelos vizinhos, porém levou
para a fronteira o dissabor de quem precisa das estradas municipais para
continuar investindo no município. “— É desestimulante!”, lamenta Forcini.
Fotos: Clicpiratini
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